A MULHER 60+, O LEMA DE “O MELHOR ESTÁ POR VIR” E A CARTOMANTE

Por Alexsandra Machado 23.08.2024

Estou sendo testemunha do processo de várias mulheres ao meu redor que estão beirando a fronteira dos 60 anos ou já a ultrapassaram. Mulheres em sua total vitalidade, podemos até dizer, outra vitalidade, pois conta com o ingrediente surpreendente da maturidade. Cacofonia, não, realidade, verdade! Mulheres começando novos projetos, construindo novas versões de si mesmas e eu achando essa viagem de testemunha altamente energizante e inspiracional. Eu aqui na casa dos meus 43 anos.

Com algumas delas ainda surpresas, sem acreditar no atual momento que estão vivendo e se surpreendendo com as entregas do universo, vindas em formas de “coincidências” e insights, vejo em todas uma enorme excitação “a cada ficha que cai”. E aí eu me energizo e me inspiro nelas, porque a crença no lema “o melhor está por vir” se materializa e alimenta os meus projetos de largo prazo, bem como os de curto, como a escrita desse singelo texto por exemplo.

Há cinco dias, contados da feitura dessas linhas, chegou no meu feed um post da Forbes Mulher que anunciava “Por que 70% das mulheres maduras estão em transição de carreira.” Me lembro que mostrei isso para uma das minhas amigas, que, na hora, arregalou os olhos e entendeu isso como mais um sinal do universo porque ela faz parte dessa estatística.

As razões são várias, e, infelizmente, o etarismo no mundo corporativo é uma delas. Contudo, o que quero enfatizar aqui é que esse estudo realizado pela Maturi, segundo a publicação, foi feito com pessoas entre a minha idade (43) e os 82 anos.

Na vontade de trazer evidências, até para mim mesma, que referendem essa minha crença no “o melhor está por vir”, em uma busca rápida na internet sobre a idade de Kamala Harris, me deparei com uma mulher que poderá aos 60 anos ser presidente dos Estados Unidos da América. Ou seja, sinal mais evidente de que realmente “o melhor está por vir”, impossível, principalmente diante do que representará a vitória dessa mulher nas eleições presidenciais.

E aí, me pego a pensar na canção Cartomante tão linda e hilariamente interpretada por minha amiga Carla Casarin em seus últimos shows e sobre a qual, diante desse novo cenário que testemunho, terei que pedir desculpas antecipadas aos autores Jonathan Silva e Filpo Ribeiro, e me autorizar a fazer uso de uma licença poética para trazer um pequeno-gigante ajuste fino à canção.

Para aqueles que não são familiarizados com o cancioneiro brasileiro, essa música fala sobre uma cartomante que falou para uma mulher que o seu grande amor só chegaria depois dos 50 anos. A mulher, por sua vez, fazendo do limão uma caipirinha, responde que se é assim, ela vai dar tudo dela até esse grande e romântico dia e aí o refrão se desdobra dessa forma: “Eu quero dar, eu quero dar sim. Até os meus cinquenta quero dar tudo de mim.”

Diante do lema “o melhor está por vir”, dessa vitalidade testemunhada por mim e das evidências que não param de chegar do universo, a partir de agora quero cantar assim: “Eu quero dar, eu quero dar sim. Até os meus oitenta quero dar tudo de mim.”

¡Más inspiraciones!

es_CL